Aqto

Muito se fala sobre cultura organizacional, mas pouco se sabe sobe ela. Isso porque cultura organizacional é um conceito complexo, com muitas teorias no mundo acadêmico e de negócios.

Mas enfim, o que podemos chamar de cultura organizacional?

Com base no autor Edgar Schein, autor de livros e artigos sobre o tema, entendemos que cultura organizacional é um conjunto de valores e crenças compartilhados que orientam o comportamento de um grupo ou organização.

Se traduz no dia a dia, como o “jeito que fazemos as coisas por aqui”. Porém o que vemos é apenas uma das manifestações da cultura. Existem camadas não visíveis e pouco perceptíveis da cultura – e são justamente essas camadas as mais difíceis de mudar.

No topo da pirâmide acima, temos os artefatos. Aqui encontramos as dimensões mais superficiais da cultura, tudo que vemos e observamos. Na Aqto, dividimos os artefatos em Símbolos, Pessoas e Rotinas. Nos símbolos temos o ambiente físico, a linguagem ou narrativas. Nas pessoas observamos os comportamentos, as habilidades reforçadas na liderança e sua forma de lidar com as equipes e os relacionamentos em geral. Nas rotinas temos as regras ou normas, o sistema de recompensa (formal ou informal), o processo decisório e os rituais formais ou informais presentes na empresa.

No meio da pirâmide, ainda uma camada visível, temos a identidade. Tudo que declaramos como valores ou filosofia, e que nem sempre praticamos.

E por fim, existe a camada não visível que esconde um sistema de crenças bastante profundas que orientam os comportamentos e decisões.

Portanto, se uma empresa quer “criar sua cultura” ou “transformar sua cultura” pode-se começar pela declaração de identidade. Porém, será necessário revisar e desenhar os artefatos que irão sustentar essa cultura e identificar crenças presentes que poderão apoiar ou impossibilitar que a cultura desejada se manifeste.

Uma jornada desafiadora. Porém se a cultura habilita (ou prejudica) a estratégia, é fundamental cuidar dela.