- 1 de junho de 2022
- Por: roberta
- Categorias: Blog, Gestão
O Great Place to Work, mais conhecido no meio corporativo com GPTW, apoia organizações no mundo todo a obterem melhores resultados e desempenho. Estar buscando sempre boas práticas e em constante contato com empresas e gestores, confere a GPTW um Know-How para trazer os desafios que o mercado de trabalho deve enfrentar neste ano de 2022.
O Relatório Tendências de Gestão de Pessoas em 2022, traz um material robusto e detalhado sobre o mercado. A pesquisa pode ser um norte para líderes que querem ou precisam melhorar o desempenho de suas empresas ou equipe.
Os desafios de adaptação do mercado de trabalho decorrentes da pandemia ainda não chegaram ao fim. Muitas coisas mudaram: novas tecnologias surgiram; outros formatos de trabalho foram testados e aprovados pelas pessoas e organizações; as pessoas repensaram suas carreiras e trajetórias profissionais.
Podemos considerar que há 04 importantes legados da pandemia para a Gestão de Pessoas que continuarão em 2022:
• Redesenho das organizações
2021 foi o ano de estudar os diferentes formatos de trabalho, avaliar as necessidades das empresas e entender onde e como as pessoas gostariam de trabalhar. A possibilidade de retomada do trabalho presencial, mesmo com algumas restrições, fez com que as empresas tivessem que tomar decisões sobre esse aspecto, até mesmo para pensar em outras questões, como manutenção de escritório, tecnologias necessárias, criação ou alteração de processos de recrutamento e seleção etc. Muitas das empresas ainda não definiram uma nova política de trabalho, entretanto, entre as 1.104 que já decidiram, 66,2% adotaram o modelo híbrido.
Dentre as empresas que pretendem investir no desenvolvimento de lideranças, 59,9% devem adotar o formato híbrido para isso — o que também está alinhado ao modelo de trabalho mais adotado entre as organizações. O modelo híbrido de trabalho oferece muitas possibilidades para as empresas e para as pessoas, que, dependendo da política adotada, podem seguir diferentes jornadas de trabalho.
Já as organizações que decidiram voltar para o modelo 100% presencial, como no período pré-pandemia, não podem esperar que tudo funcione exatamente como antes. É necessário considerar todas as transformações ocorridas nesses últimos anos e apostar, mais do que nunca, em iniciativas que garantam um ambiente agradável; ofereçam mais flexibilidade, principalmente enquanto ainda vivenciamos os efeitos da pandemia; e não coloquem em risco a saúde (física e mental) dos/as colaboradores/as. Além disso, independentemente do modelo adotado, o investimento em inovação e tecnologia deve estar na pauta de todas as empresas.
Não é apenas o mercado que exige habilidades cada vez mais complexas das pessoas; agora, elas também estão cada vez mais atenciosas e exigentes para escolher oportunidades de emprego, priorizando organizações que proporcionem possibilidades de crescimento e aprendizado, flexibilidade e qualidade de vida. Portanto, colocar as pessoas no centro da estratégia e adotar boas práticas culturais não é apenas mais uma forma de gerenciar empresas. Para quem quer manter a competitividade no mercado e atrair os melhores talentos, é a única.
Essas mudanças no jeito de trabalhar impactaram também as políticas de benefícios oferecidas pelas empresas, afinal, para muitas delas não faz mais sentido oferecer os mesmos pacotes anteriormente oferecidos, principalmente as organizações que implementaram mudanças significativas em seus processos. Entre as respondentes, 47,2% realizaram alguma alteração em suas políticas.
• Holofote na liderança
As respostas da pesquisa de Tendências corroboram a importância do papel das lideranças: 94,3% responderam que as empresas em que trabalham pretendem investir no desenvolvimento de lideranças neste ano. Sobre as habilidades e competências essenciais dos colaboradores em geral, perguntamos também quais são as características mais valorizadas nas lideranças. A “resiliência” aparece novamente entre as 3 principais, dividindo espaço com “alinhamento com a estratégia” e “empatia e gestão humanizada’’. O que podemos concluir é que, para ser líder em 2022, é preciso saber se adaptar às mudanças sem perder o foco no que realmente importa: as pessoas e os resultados. As pessoas em primeiro lugar, por meio de uma liderança empática, com foco na humanização e na gestão emocional. Já os resultados devem ser uma consequência. Afinal, é por meio do cuidado com as pessoas que as melhores empresas conseguem se destacar no mercado e alcançar seus objetivos.
• Atenção à saúde mental
Especialmente a saúde mental, se tornou o foco não só no ambiente corporativo, mas na sociedade como um todo. Considerando a nova classificação do burnout como doença ocupacional, as empresas precisam estar ainda mais atentas à saúde emocional das pessoas para construírem uma cultura organizacional e um ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo, saudável e humanizado.
E, se antes as empresas já tinham que estar atentas à saúde emocional das pessoas, com a mudança na caracterização do Burnout isso se torna uma obrigação. Afinal, em janeiro de 2022, a doença passou a ser considerada uma questão ocupacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que torna as empresas responsáveis por atuar na prevenção, identificação e tratamento da doença. Criar ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e preparar as lideranças para lidar com as questões emocionais de suas equipes são pontos essenciais para as empresas que querem se manter competitivas no mercado. Cuidar das pessoas precisa ser, mais do que nunca, um objetivo estratégico das organizações.
• O Fortalecimento da comunicação interna
Na pesquisa, a “comunicação entre as equipes remotas e presenciais” foi a principal dificuldade apontada por quem trabalha em empresas que adotaram o modelo híbrido, seguida de “problemas de alinhamento entre equipes”. Isso mostra como é importante, e realmente desafiador, garantir a fluidez em equipes com pessoas trabalhando em diferentes locais, o que não significa que seja impossível ou que não valha a pena, certo?
Essa realidade ainda é nova para a maioria das empresas, por isso, muitas ainda estão testando possibilidades, entendendo o cenário e buscando o que é melhor para as suas equipes. Contudo, o mais importante não é seguir o que outras empresas estão fazendo, mas sim analisar o que há disponível no mercado para adotar o que faz sentido para a organização, adaptando o que for necessário para a realidade de cada negócio e de cada equipe.
Para ver a pesquisa completa acesse o site https://conteudo.gptw.com.br/tendencias-de-gestao-de-pessoas-2022?_ga=2.156144379.1172817831.1645126891-807368688.1645126891
Fonte: GPTW