- 12 de julho de 2022
- Por: roberta
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Uma matéria recente do site BBC Brasil, mostrou o cenário de demissões em massa por startups brasileiras. Com a alta dos juros para controlar a inflação, este modelo de negócio foi impactado diretamente nos seus investimentos, gerando o corte dos colaboradores.
A matéria conta ainda, que algumas empresas têm feito demissões em reuniões online. O que está gerando um desconforto para os demitidos e prejudicando a imagem das empresas, afinal de contas as Startups tem como uma de suas bandeiras respeito e empatia.
Conversamos com Roberta Perdomo, consultora de recursos humanos e sócia fundadora da Aqto, sobre o assunto.
Roberta, segundo a matéria que mais tem incomodado os funcionários de algumas startups é a maneira como a demissão é feita. Geralmente as startups pregam um discurso de cuidado e empatia, como isso afeta a imagem das empresas?
Com certeza a forma como as demissões são feitas afetam a imagem da empresa. O mesmo cuidado que temos na entrevista de seleção, precisamos ter no desligamento.
As reuniões online se tornaram rotina e o home-office é altamente aplicado em startups, mas demissões utilizando o online não ferem a dignidade e confiança entre empregado e empresa? Ou você acredita que esse cenário pode vir a se tornar comum devido às mudanças das relações de trabalho?
O problema não está no comunicado ser online, e sim em grupo. Isso tira qualquer possibilidade de escuta, diálogo e acolhimento. O remoto vai continuar e provavelmente algumas demissões precisarão ser online, infelizmente. Mas pode ser feito com humanidade e respeito, mesmo online. Isso significa que jamais deve ser feito em grupo, sempre individual e pela pessoa gestora direta, não por alguém que não conhece o funcionário. Se eu confiei na pessoa para contratá-la, porque não irei confiar na hora da demissão?
Ainda segundo especialista ouvido na matéria, a onda de demissões coletivas em startups é um fenômeno global, pois vários governos têm aplicado a alta de juros. O efeito imediato é que investidores deixaram de aportar o dinheiro em novos projetos, como startups, e preferiam opções mais seguras
Fonte: BBC