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A nova música da cantora Beyoncé, Break My Soul lançada em junho deste ano — tem se destacado não só pelo ritmo dançante, mas pelo impacto que vem causando no mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Na letra da canção, Beyoncé menciona que cansou de um trabalho exaustivo e vai procurar outro caminho. O hit motivou uma onda de pedidos de demissão no país. A canção foi considerada o hino do movimento chamado de ‘Grande Renúncia’ — fenômeno que já vinha crescendo nos Estados Unidos, mesmo antes do lançamento da música.  Somente no último mês de março, cerca de 4,5 milhões de americanos saíram ou trocaram de emprego.

E parece que esta onda tem chegado ao Brasil. De acordo com dados divulgados no Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), do IBGE, mais de 600 mil trabalhadores se demitiram também em março, o que representa um aumento de 37% em comparação ao mesmo mês do ano passado.


E como as organizações brasileiras estão reagindo a este movimento?

A consultoria organizacional Blue Management Institute (BMI)  realizou uma pesquisa com 48 líderes de recursos humanos de grandes empresas brasileiras e constatou que mais da metade (52%) dos diretores afirmam que há sim um movimento crescente de demissões voluntárias no país.

E, segundo os dados coletados, a maior parte das pessoas que pediram demissão está entre profissionais qualificados, com ensino superior completo, diferente do que ocorre nos EUA, onde o desligamento voluntário está em alta entre colaboradores operacionais, da base da pirâmide.

Essa onda de demissões voluntárias deve levar as empresas a experimentarem novos modelos de captação de talentos, ressalta o levantamento realizado pela BMI.

Os departamentos de RH já estão adotando novas medidas para recrutar. São algumas delas: planos de oportunidades de carreira com crescimento horizontal, além do tradicionalmente vertical (43,8%); pré-requisitos de entrada simplificados e pacotes mais atrativos de remuneração e benefícios flexíveis (33,3% cada um).

Parece que o  jogo virou, se antes as empresas obtinham o poder no momento das contratações, hoje são os profissionais que estabelecem as exigências na hora de negociar.

 

Fontes: https://ofuturodascoisas.com/nova-musica-de-beyonce-aponta-para-novo-ciclo-de-amadurecimento-do-futuro-do-trabalho/ 

https://exame.com/esferabrasil/depois-dos-eua-onda-grande-renuncia-de-demissoes-voluntarias-chega-ao-pais/