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Nos dias de hoje, o mundo corporativo tem sido palco de um fenômeno intrigante e discutido amplamente nas conversas sobre mercado de trabalho: o “quiet quitting” ou “demissão silenciosa”. 

 

Embora o termo possa sugerir uma demissão silenciosa e abrupta, ele engloba muito mais do que isso. O quiet quitting é uma atitude que transcende a simples decisão de deixar um emprego de maneira discreta; ele representa uma transformação nos ambientes profissionais e uma mudança no paradigma da relação entre trabalho e vida pessoal. Saiba mais a seguir.

 

O que é o quiet quitting e como surgiu?

 

O termo “quiet quitting” descreve a prática de envolver-se no trabalho apenas o suficiente para cumprir as responsabilidades básicas, em contraste com uma abordagem ativa. Enquanto expressões como “silent departure” ou “silent resignation” podem ser relacionadas, o enfoque aqui é executar as tarefas restritas ao cargo, sem buscar exceder as expectativas.

 

Essa abordagem implica em limitar o envolvimento não apenas nas tarefas profissionais, mas também na própria carreira. A busca por superar metas é substituída pelo cumprimento burocrático das obrigações. Isso pode visar a estabelecer limites mais claros entre a vida profissional e pessoal, evitando sobrecarga e conflito.

 

O desafio de separar efetivamente o tempo de trabalho do pessoal gerou reflexões mais profundas sobre a natureza do trabalho e o equilíbrio entre eles. Esse período de mudança aumentou o risco de burnout, exaustão devido a demandas profissionais intensas e falta de divisão de tempo clara.

 

De acordo com dados recentes da McKinsey sobre o período pós-pandemia, cerca de um em cada quatro entrevistados da Geração Z (25%) afirmou se sentir mais emocionalmente angustiado, quase o dobro dos níveis relatados por entrevistados das gerações Millennial e X (13% cada). Isso mostra como a saúde mental desses jovens foi afetada e, consequentemente, passou a ser uma prioridade.

 

Quais são as causas deste movimento?

 

Há três razões principais por trás desse movimento. Entenda cada uma delas:

 

  1. Falta de reconhecimento no trabalho

 

Quando um colaborador não recebe reconhecimento pelo seu trabalho, sentimentos de desvalorização e insatisfação podem surgir. Essa situação também se reflete na falta de oportunidades de crescimento, o que por sua vez contribui para a sensação de desvalor. Consequentemente, a desmotivação e a diminuição do engajamento podem ocorrer, levando o colaborador a reduzir seu esforço ou, em alguns casos, a trabalhar menos.

 

  1. Busca por equilíbrio

 

Quando o trabalho começa a demandar excessivamente tempo e energia, as pessoas procuram estabelecer um equilíbrio entre suas vidas pessoais e profissionais. Caso o trabalho esteja impactando negativamente a qualidade de vida, o colaborador pode decidir reduzir o ritmo e conferir maior importância às atividades fora do ambiente profissional. Essa abordagem leva ao “quiet quitting”, surgindo como um meio de priorizar a saúde no contexto do trabalho.

 

  1. Insatisfação com o líder

 

O líder desempenha um papel crucial no estabelecimento da satisfação no trabalho e no nível de dedicação do funcionário. Quando o colaborador não percebe o apoio do chefe ou não obtém feedback adequado, isso pode resultar na diminuição de sua motivação. Em situações mais extremas, essa insatisfação tem o potencial de causar uma redução na produtividade e no envolvimento, especialmente se o colaborador mantiver a crença de que a situação permanecerá inalterada.

 

O que as empresas devem fazer?

 

Várias estratégias estão à disposição das empresas para assegurar que seus colaboradores alcancem um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, sem comprometer o compromisso destes com a organização.

 

É fundamental estabelecer uma comunicação eficaz entre líderes e equipes. Além disso, cultivar uma cultura de comunicação aberta não somente permite que os funcionários se sintam valorizados, mas também os encoraja a compartilhar suas opiniões e ideias. Para promover um ambiente de desenvolvimento contínuo, os líderes devem fornecer feedback regular e construtivo.

 

Oferecer oportunidades de progresso na carreira se torna essencial para manter os funcionários engajados. Nesse sentido, disponibilizar treinamentos, cursos e programas de capacitação pode ajudar os colaboradores a aprimorar suas habilidades e avançar em suas carreiras. Investir no crescimento dos funcionários não apenas demonstra comprometimento com seu desenvolvimento, mas também com seu bem-estar.

 

Uma tendência observada é a adoção da postura de “quiet quitting” por muitos funcionários, quando se sentem sobrecarregados e incapazes de equilibrar suas responsabilidades profissionais com as necessidades pessoais. A promoção de limites saudáveis de trabalho pode ser realizada através da oferta de pausas regulares, flexibilidade de horários e da opção de trabalho remoto. Dessa forma, os colaboradores podem encontrar um equilíbrio entre suas obrigações profissionais e sua qualidade de vida.

 

Se sua empresa busca implementar estratégias para garantir um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, a Aqto está pronta para ajudar. Clique aqui para entrar em contato!